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Lojas físicas e digitais serão complementares no varejo

O evento Cenários do Varejo, promovido pela CDL de Fortaleza e Faculdade CDL, deixou claro aos comerciantes cearenses que as lojas físicas e as virtuais (e-commerce) são complementares.

Isso porque tanto o presidente da entidade, Assis Cavalcante, quanto a maioria dos palestrantes, abordaram o assunto e foram unânimes em afirmar a importância dessa complementariedade para o bom desempenho dos empreendimentos ligados ao comércio varejista na Capital e interior.

Cerca de 900 pessoas – entre lojistas, colaboradores e estudantes –, estiveram presentes ao evento e ficaram atentos às apresentações dos palestrantes, que repassaram as últimas tendências do varejo mundial, abordadas na Retail’s Big Show (NRF 2018), realizada mês passado, em Nova Iorque.

“Este é um momento ímpar que o empresariado cearense tem a oportunidade de conhecer, num ambiente propício para a transmissão do conhecimento, sobre tudo o que se refere ao comércio varejista. E quem colocar em prática as inovações e tecnologias que foram apresentadas, terá bons resultados em seus negócios”, afirmou o empresário Assis Cavalcante, dono da rede de óticas Visão e presidente da CDL.

Complementar

Ele ressaltou que, ao contrário do que se falava há alguns anos, de que as lojas físicas iriam acabar, devido à forte expansão do comércio eletrônico, isso não aconteceu e, ao contrário, algumas redes de lojas que eram apenas virtuais, como a Amazon, atualmente está abrido lojas físicas.

“Outrora se dizia que a loja física ia sucumbir, mas isso não foi verdadeiro, pois após o consumidor encontrar uma produto na loja virtual, ele quer tocá-lo, senti-lo, ter uma experiência com o produto. Então, nada melhor que a loja física. Às vezes ele compra na loja virtual, se arrepende e troca na loja física. Mas é bom explicar que essa troca, pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) só pode ser feita se adquirir na loja on line ou por catálogo. Se a do das experiências. Não existe mais uma, sem a outra”, explicou Assis.

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Já o palestrante Marcos Gouvêa de Souza, ressaltou a importância do evento, pois ele traz o que mais importante tem acontecido no mundo do varejo, para os executivos da cidade, e um mês depois do evento de Nova Iorque, que reúne 33 mil pessoas.

“O setor comercial brasileiro é o que mais emprega no Brasil. E esse evento é uma oxigenação, trazendo ideias para o segmento lojista, para que possamos nos colocar na trilha do desenvolvimento e o comércio é o setor que está mais perto, que conversa com o tal “omni consumidor”, que está cada vez mais empoderado e a um clique daquilo que ele deseja. E tem de estar mais antenado com as mudanças de comportamento, para poder se requalificar, reorganizar, reestruturar, para poder entregar mais, por menos, sempre”, explicou.

Já o consultor Alexandre Van Beeck, compartilhou da opinião do presidente da CDL de Fortaleza, na questão da necessidade de se integrar as lojas físicas e virtuais. Ele destaca que o varejo, hoje, não é só a loja física e o e-commerce, pois o consumidor é integrado.

“A Amazon é um grande player digital, mas que está abrindo lojas físicas e o Walmart, que é uma gigante das lojas físicas e hoje está integrando o seu canal digital. No Brasil, o Magazine Luiza se transformou em muito pouco tempo ao meio digital, com o e-commerce representando um percentual significativo do seu faturamento. E também o Ponto Frio, pois a Via varejo lançou no mês passado a sua nova loja do Ponto Frio digital, que repensou uma loja de 1.100 metros quadrados (m²), para uma de 150m², conseguindo colocar à venda todos os produtos que uma loja grande tem, num espaço bem menor e com menos pessoas trabalhando e usando a tecnologia como apoio, reduzindo seus custos”, asseverou Van Beeck.

Fonte: O Estado

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