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Saiba como escolher o plano de saúde mais adequado para sua empresa em oito passos

Muitas são as operadoras que atuam no Brasil. Mas antes de fazer sua escolha, é preciso levantar informações de quais estão autorizadas a atuar em determinada região, e também quais tipos de planos podem ser comercializados. Acessar o site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) pode ser um bom começo! 

Abaixo, listamos 08 passos para ajudar sua empresa a fazer a melhor escolha!

1. Avalie as necessidades reais dos seus funcionários: quantos são, quais as condições de saúde, idade, gênero, e quais os riscos ocupacionais inerentes à atividade laboral, para que possa ser avaliado quais tipos de atendimento podem, de fato, precisar.

2. Escolha o tipo de plano de saúde mais adequado às necessidades identificadas acima. A empresa terá a possibilidade de disponibilizar aos seus colaboradores planos de saúde que vão desde os mais básicos, que contemplam consultas médicas, pré-natal, exames, cirurgias e internações (apartamento ou enfermaria), até os mais completos, que podem oferecer transporte rodoviário e aéreo, coleta domiciliar e muito mais.

3. Para a escolha da operadora de plano de saúde, leve em consideração alguns fatores importantes:

> A operadora tem alguma restrição na ANS? Investigue o índice de reclamação sobre a operadora. Acesse www.ans.gov.br ou ligue para 0800 701 9656.

> A operadora é idônea e faz parte de um grupo empresarial consolidado?

> Como é a atuação da operadora na sua região? Estável? Atua há quanto tempo? Para as empresas que possuem sedes e filiais em outros países, e seus empregados costumam visitá-las, sugere-se optar por uma operadora que possua planos que cubram também o atendimento internacional. Neste caso, a operadora não terá uma rede credenciada em outros países, mas, quando se fizer o uso do serviço médico por lá, ao chegar ao Brasil, a empresa poderá solicitar o reembolso do que foi custeado no exterior à operadora.

4. Identificar a rede credenciada é um dos itens mais importantes de escolha, e que afetará o preço do plano de saúde para a empresa. É preciso saber quais hospitais, clínicas médicas e laboratórios que seus empregados terão acesso. Alguns fatores são importantes:

> Avalie se é imprescindível ter os melhores hospitais, clínicas e especialidades médicas na rede a ser credenciada;

> Com base na localidade (país, região, estado, cidade, bairro) da sua empresa, verifique a atuação da rede a ser credenciada. O ideal é que seja o mais acessível possível ao seu empregado;

> A rede credenciada do plano a ser escolhido muda com frequência? (Caso haja o descredenciamento de um hospital da rede, por exemplo, a operadora é obrigada a credenciar outro hospital na mesma região, mas pode não ter a mesma qualidade do serviço prestado).

5. A organização ainda pode firmar uma parceria com a operadora de plano de saúde para que a mesma realize palestras e programas específicos de prevenção à saúde e acidente de trabalho. O objetivo: promover hábitos de vida saudável e minimizar o crescimento dos gastos com saúde e índices de afastamento.

Leia também: Plano de saúde empresarial: por que sua empresa precisa ter um?

6. Possibilidade de reembolso, pois é possível que seu empregado busque um atendimento que não consta na rede credenciada da sua operadora. O que fazer? Contrate um plano de saúde que permita reembolso de atendimento e faça a seguinte análise:

> O processo de reembolso é simples ou burocrático?

> Qual o valor ou percentual de reembolso dado pelo plano de saúde? Este valor é coerente com o valor de um procedimento médico ou consulta na localidade?

7. Custeio integral ou coparticipação? A coparticipação é um mecanismo no qual o empregado assume o pagamento de uma parte do valor da consulta ou do procedimento a ser utilizado. Este formato traz uma consciência maior por parte dos empregados no uso racional do plano de saúde, ou seja, eles não usarão o plano sem uma real necessidade. É uma maneira de conter custos sem alterar a rede ou o padrão de atendimento.

> Os termos da coparticipação devem ser amplamente discutidos com a operadora do plano de saúde: itens como o percentual a ser cobrado ao empregado em consultas, exame e até mesmo em internações, podendo ser adotado um valor fixo em consultas e um percentual a ser aplicado nos exames, internações e cirurgias, maternidade, dentre outros procedimentos.

> Este formato leva sua empresa a um maior processo operacional, pois ao receber a fatura de coparticipação do plano de saúde, terá que fazer os descontos individuais na folha de pagamento dos empregados que fizeram uso.

> Ao optar por um plano com coparticipação, a mensalidade paga pela empresa tende a ser menor.
Antes de tomar qualquer decisão, avalie a remuneração média dos seus empregados e a real possibilidade de disponibilizarem parte de seu orçamento financeiro para o uso do plano.

8. O plano será compulsório ou não? O plano compulsório inclui todos os empregados da empresa.

> Caso o plano de saúde esteja dento do Acordo Coletivo, o benefício será obrigatório para todos os empregados. Não estando contido no Acordo Coletivo, e a depender da política interna da empresa, o empregado poderá optar ou não pelo plano de saúde.

> Mas, ao optar por ele, não quer dizer que será concedido imediatamente ao empregado, já que muitas empresas adotam a política interna de somente liberar após o período de 90 dias de experiência (negociar com operadora as carências contidas neste prazo).

> No entanto, ao contratar o plano de saúde compulsório junto à operadora, o valor a ser custeado pelo estabelecimento tende a ser menor, pois, teoricamente, caso seja opcional, apenas as pessoas com maior risco de saúde poderão ter interesse no benefício, tornando sua utilização maior e tornando mais caro para operadora.

Lembre-se! Para fazer uma boa gestão na saúde da sua empresa, não basta somente a contratação de uma operadora de plano de saúde. Faz-se necessário também ter o esclarecimento detalhado sobre a utilização do benefício, investir na sua comunicação interna, avaliar a necessidade dos empregados, identificar os riscos ocupacionais da atividade laboral, identificar os doentes crônicos e, o mais importante: transformar o usuário (empregado) em parceiro.

E não deixe que apenas o preço seja um fator de decisão na sua escolha. Siga esses passos, garanta a contratação de um plano de saúde ideal para seus funcionários e tenha profissionais mais saudáveis e motivados!

Por Celânia Pinto Lima – psicóloga e pós-graduada em Consultoria Organizacional.

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