Saiba como economizar e gastar bem o seu 13º salário
O trabalhador deve ter acesso à primeira parcela do benefício até 30 de novembro. Dinheiro pode ser grande aliado para o alcance do equilíbrio financeiro. Segunda prestação precisa ser liberada até 20 de dezembro
Até o próximo dia 30 de novembro, as empresas deverão pagar a primeira parcela do 13º aos trabalhadores. E a segunda até 20 de dezembro. Além de injetar bilhões na economia nacional todos os anos, o montante é muito esperado pelos brasileiros. Seja por quem busca aumentar seu poder de compra, quitar dívidas ou, no melhor dos casos, investir. Mas qual a opção mais indicada para o uso correto do dinheiro extra?
O primeiro passo é não perder de vista o equilíbrio do seu orçamento nos meses seguintes, orienta a professora de economia e finanças da Universidade Federal do Ceará (UFC) de Sobral, Alessandra Araújo.
“Você pode até usar uma parte do 13º para consumir no Natal e Ano-Novo, mas lembre de deixar outra parte para os impostos e outros gastos do início do ano (seguinte), que são muito pesados”. Entre eles estão: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), matrículas e material escolar.
Você pode usar uma parte do 13º para consumir no natal e ano-novo, mas lembre de deixar outra parte para os impostos – Alessandra Araújo, professora de economia e finanças da Universidade Federal do Ceará
De acordo com ela, a preocupação com os meses vindouros é importante para não criar uma “bola de neve” das dívidas já contraídas, somadas a altos juros que normalmente vêm atrelados a empréstimos que possam vir a ser tomados para quitá-las.
O pagamento do 13º gera uma perspectiva de crescimento nas vendas do Ceará neste fim de ano. Porém, assim como para o Brasil, será somente um leve aumento, estima o economista Ricardo Coimbra. Embora não aponte dados para o Estado, projeta um incremento de vendas, como um todo no Brasil, da ordem de 1,5% a 2%, ante 2016.
O ticket médio dos presentes de Natal, por exemplo, tende a ficar aquém do desejado. “Este final de ano vai ser mais de lembrancinhas”, prevê. A justificativa para isto é uma maior cautela por parte do consumidor, além da queda na oferta de empregos que atingiu o País nos últimos dois anos.
À vista ou no cartão?
A melhor opção de pagamento, orienta Alessandra, é à vista. “Em vez de fazer empréstimo para comprar material escolar, guarda uma parte do 13º e paga à vista. Ao contrário do dinheiro, com o cartão de plástico você gasta e nem sente”.
Ricardo, por sua vez, garante que o uso do cartão pode ser bem-vindo, mediante avaliação compra a compra. O importante é priorizar descontos.
“Se a loja dá desconto à vista, compre à vista. Se o parcelamento do pagamento for pelo mesmo preço de à vista, e se o preço do produto na loja que parcela for inferior aos outros locais pesquisados, você paga parcelado. É possível economizar e ainda ter dinheiro em mãos para honrar outras dívidas”, diz.
Fonte: Jornal O POVO
