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Crescimento do varejo vai se consolidar

Recém-diplomado como presidente da CDL de Fortaleza, o empresário Assis Cavalcante, eleito para comandar a entidade no triênio 2018/2020, se diz animado com o desempenho do varejo em 2017.

Ele espera que o crescimento do setor se consolide no ano de 2018, com a ampliação do horário de funcionamento das lojas e com o aumento do fluxo de turistas para a Capital. Cavalcante aponta que um dos principais focos de sua gestão será a capacitação constante dos lojistas.

Para este ano, o novo presidente da CDL de Fortaleza estima que o segmento apresente um crescimento entre 3% e 4%, superando a taxa de crescimento da economia do País. A seguir, Cavalcante fala da expectativa para a gestão.

Como o senhor avalia as vendas do fim deste ano, com a ampliação do horário de funcionamento do comércio da Capital? Este mês de dezembro, comparado com dezembro do ano passado, a gente está mantendo o crescimento dos meses anteriores, em torno de 3% e 4%. Mas, dependendo do segmento, esse crescimento chega a 6%. E agora, com as lojas do Centro ficando abertas das 8h até às 19h, novos negócios estão acontecendo nesse período. Mas isso depende de uma mudança de hábito tanto do lojista como do consumidor, que tem de se ajustar para essa nova realidade.

Como tem sido a adesão ao trabalho intermitente por parte dos lojistas neste Natal? Algumas lojas fizeram, mas não foram muitas. Isso é uma tendência, com o funcionário recebendo por hora. E essas pessoas que estão sendo contratadas nesse momento nessa modalidade, se elas se esmerarem, certamente vão acabar sendo contratadas.

O horário praticado em dezembro deve permanecer durante as férias de janeiro? Isso vai depender muito do consumidor, do que ele vai pedir. O consumidor queria isso e nós conseguimos, junto à Câmara Municipal, a lei que permitiu que isso acontecesse. Então, o que nós vamos ver é como o consumidor vai se comportar, para ver se a gente fica aberto até mais tarde aos sábados, por exemplo. De todo modo, nas grandes datas do varejo, vamos estender o horário de funcionamento das lojas.

Qual o impacto esperado dessa ampliação do horário para o próximo ano? O ano de 2018 será o grande teste para essa mudança de horário. Nós não queremos funcionar 24 horas, o que queremos é quebrar essa corrente de ficar limitado a um horário, queremos essa liberdade para nós trabalharmos.

Como tem sido a movimentação de pessoas no Centro? No sábado passado, tivemos em torno de 500 mil pessoas no Centro. Normalmente, são 350 mil. As grandes datas têm esse perfil. Mas agora estou muito animado com o crescimento do fluxo turístico para Fortaleza. Em julho, nós recebemos 350 mil turistas e esse número deve aumentar ainda mais em 2018 com novos voos. E o Centro da cidade, por ser um local histórico, vai estar recebendo parte desses visitantes.

Qual o desafio para atrair ainda mais pessoas para o Centro? É o que nós sempre dizemos. No Centro, diferente dos shoppings, o consumidor tem certeza de que irá encontrar o que procura. Além disso, há sempre a possibilidade do comprador negociar diretamente com o dono da loja, podendo obter descontos que não teria em outros estabelecimentos. Mas também precisamos de linhas de ônibus e de estar sempre capacitando os lojistas.

Qual será o foco da CDL de Fortaleza para os próximos anos? Nós vamos focar na capacitação e na transmissão de conhecimento para o lojista, principalmente para o pequeno. Porque a grande moeda é o conhecimento. Se o lojista está devidamente preparado, as dificuldades ficam mais fáceis de serem vencidas.

Que ações a CDL irá promover nesse sentido? Os projetos como o Cenários do Varejo são muito importantes, porque a gente consegue pegar as informações mais modernas do que está acontecendo no mundo e trazê-las para o Ceará. Com isso, a gente viabiliza muitos projetos de muitos lojistas. Também vamos focar em projetos como a Fortaleza Liquida, que visa aumentar o volume de vendas.

Como o senhor vê a competição das lojas físicas com o varejo online? Há muito tempo se fala que o varejo online vai superar o físico. Mas a experiência que nós temos mostra que a venda eletrônica é coadjuvante da venda física, porque muitas pessoas pesquisam na internet e vão na loja física para fazer a compra.

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