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Assis Cavalcante: “Os resultados positivos estão chegando”

A instabilidade política no Brasil é cíclica e recorrente, mas, salvo melhor juízo, nunca com tanta profusão e impacto na economia e nos três poderes constituídos, por atos nada republicanos da política partidária. No entanto, mesmo cambaleante, a economia tem resistido ao ferro e ao fogo, dando sinais de reação.

Entre os motivos da resistência, um é destaque: nós, empresários, sempre encontramos uma maneira própria e criativa de produzir melhor e mais eficientemente, procurando manter ao máximo os empregos. Sabemos que desemprego não gera consumo, tampouco riqueza. Seguramente, algumas empresas muitas vezes saem das crises ainda mais consolidadas.

O País precisa produzir. Comércio e serviço são esteios – as atividades que indiscutivelmente mais geram emprego e renda. Oportuno ressaltar que, pela ótica da demanda, tem chamado atenção o consumo das famílias, que cresceu 1,4% no último trimestre. Lembro que esse crescimento deveu-se pela oferta de serviços e o consumo das famílias.

Com o ganho real na correção dos salários e a desaceleração da inflação, a massa salarial cresceu. Em decorrência, as famílias aumentaram o seu poder de compra e o resultado já é visto e sentido pelos lojistas. Outro fato relevante é a expectativa de passar a vigorar a reforma trabalhista, por meio da qual poderemos contratar de modo menos oneroso e com mais segurança jurídica.

No início de julho último, o Governo do Estado adiantou 50% do décimo terceiro salário dos servidores. Esse aporte de recursos, juntado à liberação dos recursos das contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e às taxas de juros em desaceleração, contribuiu sobremodo para a alta do consumo.

Contudo, o crédito para financiamento das empresas ainda está tímido e burocrático. Há de se considerar, de mais a mais, o modesto crescimento de 0,2% do PIB neste segundo trimestre. Há sinais de que o País começa a se desvencilhar paulatinamente da recessão econômica.

A sociedade tem conseguido separar, da economia, o jogo da política partidária. Novas perspectivas se abrem. E o resultado é a geração de mais empregos e renda. O que me faz lembra o filósofo e escritor alemão Nietzsche, ao vaticinar: “É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela”.

Assis Cavalcante – Empresário e escritor (assisvisao@secrel.com.br)

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