O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai intensificar, neste ano, a liberação de linhas de financiamento para pequenas e médias empresas, como forma de estimular a economia. A prioridade será o desembolso para capital de giro e para aquisições de bens de capital.
A instituição deverá aumentar a concessão de crédito do programa BNDES Giro, voltado para pequenas e médias empresas, relançado no ano passado. Essa linha de financiamento prevê a liberação de R$ 20 bilhões entre agosto de 2017 e agosto de 2018.
Até dezembro, o valor anual poderá chegar a R$ 21,5 bilhões, três vezes mais do que os R$ 7 bilhões desembolsados em 2017. Já o valor previsto no Finame, programa para a compra de bens de capital, poderá superar em 20% o de 2017, atingindo cerca de R$ 24 bilhões.
As projeções são do superintendente da Área de Operações Indiretas do BNDES, Marcelo Porteiro. Segundo o executivo, embora o desempenho da recuperação econômica seja importante para determinar o crescimento do crédito para giro, a tecnologia também impulsionará o avanço.
O BNDES Giro, ao lado de programas de crédito para a agricultura, foi a primeira linha de crédito a aderir ao BNDES Online, plataforma tecnológica de comunicação com as instituições financeiras repassadoras – nas operações indiretas, quem faz o contato com o cliente, analisa o crédito e assume o risco é o banco comercial repassador; o BNDES fornece os recursos.
O banco também estuda oferecer taxas de juros fixas nas linhas de crédito para micro, pequenas e médias empresas – com faturamento de até R$ 300 milhões ao ano. A medida poderá ser adotada a partir de março, inicialmente no BNDES Giro. A taxa fixa seria simplificaria a vida dos pequenos empresários. Com o modelo em estudo, na contratação do empréstimo, a taxa seria equivalente à TLP.