Comércio de Fortaleza se “aquece” para vender até 30% mais na Copa
Decoração já começou a chegar às lojas. Televisores são os produtos mais procurados
Faltando pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo da Rússia, cuja abertura ocorre em 14 de junho, o comércio de Fortaleza já começou o “aquecimento” para as vendas.
As lojas ganham decoração típica para o período e oferecem uma série de promoções aos consumidores. O setor espera aumento de 10% a 30% na comercialização dos produtos. Quem lidera a lista de procura para o Mundial são os televisores.
Francisco Ribeiro, gerente da Zenir Móveis e Eletros, conta que elas representam até 70% dos itens mais comprados. “Antecipando a decoração e as promoções, obtemos resultados ainda mais rápidos. Em relação a 2017, esperamos crescer 20% no período da Copa”, afirma.
Na Laser Eletro, o verde e amarelo ainda vão chegar, mas a demanda por TVs está alta, observa Cícero Wallyson, gerente do estabelecimento.
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“A linha de áudio (aparelhos de som) também é muito pesquisada. Geralmente os aparelhos que possuem bluetooth, com possibilidade de se conectarem às TVs, são os mais procurados”, explica. O crescimento em vendas é estimado em 20%.
Animado também está Jonathas Alves, gerente da Rabelo. “Estamos otimistas para o período de Copa. Esperamos aumento em torno de 30%, na comparação com meses anteriores”, destaca.
No entanto, o foco ainda é o Dia das Mães, comemorado no próximo domingo, 13 de maio. “Passado o Dia das Mães, vamos mudar a decoração e iniciar novos descontos, como foco na Copa”, diz.
O brasileiro, ao passo que assiste aos jogos do Brasil e demais seleções, também não esquece dos itens de cozinha. Assim avalia Núbia Rodrigues, gerente da loja Spicy.
Os artigos para churrasco, além de coolers para guardar bebidas, são muito requisitados. “Copos para cerveja, coolers e churrasqueiras têm uma boa saída. Considerando esses itens, giraremos em 15% de alta”, explica.
O aumento nas vendas também é aguardado por Lidiany Dantas, gerente da loja de artigos esportivos Centauro. Segundo ela, a preparação da empresa começou ainda no ano passado. “Nesse período, nosso faturamento cresce mais de 50%. Só os artigos da Copa (bolas oficiais, camisas da Seleção Brasileira, etc) respondem por 25%”, pontua.
Já Bruno Barros, gerente da C. Rolim, afirma que as promoções de roupas são comuns no mês de junho e que a Copa do Mundo pode “turbinar” as vendas. “Se compararmos com 2017, devemos crescer aproximadamente 10%”, estima.
Outros setores não sentem os efeitos nas vendas com o Mundial
Para Leandro Rodrigues, gerente da Casa do Celular, a venda de smartphones pode até apresentar um sensível crescimento, mas algo pontual e até inferior se comparado a outros períodos do ano.
“A procura por celulares é intensa o ano todo. As datas mais importantes são Natal e Dia das Mães. Nossa estimativa é de crescimento de até 20% no faturamento, mas sem relação com a Copa do Mundo”, aponta.
Antônio Lisboa, gerente da Casa Pio, empresa responsável por calçados em geral, complementa. “Há uma certa descrença do comércio calçadista, pelo fato de as pessoas postergarem a compra de um tênis, sandálias e outros artigos à medida que vão adquirindo TVs e itens eletrônicos”, analisa.
Fonte: O POVO