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Spread bancário é tema de audiência no Senado

Apresentar soluções direcionadas a atividade empresarial no Brasil e pontuar as principais barreiras que compõem o “Custo Brasil”, para geração de emprego e renda. Esse foi o ponto central da 2ª audiência pública do Grupo de Trabalho de Reformas Macroeconômicas do Senado Federal. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e convidados de instituições como o Banco Central e entidades dos setores do varejo e produtivo discutiram o tema “Spreads Bancários”.

Representando a União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS), o superintendente da CNDL e doutor em economia, Éverton Correia, ressaltou que a UNECS defende a concorrência entre os bancos para baixar o custo do crédito do financiamento. Ele criticou ainda a ausência de uma política para aumentar a concorrência bancária, ressaltando que 80% das operações de crédito no Brasil estão concentrados nas mãos de cinco bancos.

“Com a redução do custo do crédito do financiamento se permite que a atividade produtiva possa crescer com mais segurança, simplifica o acesso ao crédito das micro, pequenas e médias empresas, além de melhorar as opções de garantia, destravando os recebíveis que estão em uma operação em um único banco. Além disso, estimula a criação de linhas de crédito para micro, pequenas e médias empresas”, detalhou o economista.

“Uma das coisas mais importantes que podemos definir como desenvolvimento econômico é a geração de emprego e renda. Nós temos que olhar quem são os setores que geram emprego e renda, caso contrário nós não vamos seguir a linha dos países mais desenvolvidos”, completou Correia.

O senador Armando Monteiro (PTB/PE) que presidiu parte da audiência, concordou com o posicionamento do superintendente da CNDL. “Eu acho que o Brasil não vai desenvolver uma economia dinâmica se não mudar o padrão de financiamento da nossa economia. O que se verifica é que a expansão de democratização do crédito, traduzida na ampliação de oportunidades para os segmentos mais competitivos da economia, não se deu dessa forma para as pequenas e médias empresas”, comentou o senador Monteiro.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES) destacou que que se no crédito consignado, que não apresenta riscos, a taxa de juros é muito alta, parece estarmos diante de um grande desafio técnico e político.

“Não é possível que não encontremos soluções que passam por medidas micro e macro econômicas. Existem problemas de curto, médio e longo prazo. Precisamos aproveitar esse entusiasmo reformista que tomou conta do parlamento brasileiro para que possamos enfrentar esses desafios”, afirmou Ferraço.

Participaram da reunião o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, o gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio de Castelo Branco, o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal e o professor do Ibmec, Christiano Arrigoni.

Estiveram presentes também na audiência os senadores Tasso Jereissati (PSDB/CE) e presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), José Serra (PSDB/SP), Armando Monteiro (PTB/PE), Lucia Vânia (PSB/GO, Garibaldi Alves Filho (PMDB/RN), Ricardo Ferraço (PSDB/ES), Pedro Chaves (PSC/MS), Cristovam Buarque (PPS/DF), Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE), Darlirio Beber (PSDB/SC) e os deputados Paes Landim (PTB/PI) e André Moura (PSC/SE).

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