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Banco Central, CNDL e SPC Brasil assinam acordo de cooperação

Melhorar a relação dos consumidores com suas finanças pessoais é o objeto do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) que o Banco Central assinou com a Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil.

Focado em cidadania financeira, o acordo tem duração de dois anos, período no qual as instituições vão produzir pesquisas e disseminar conteúdos sobre educação financeira, crédito e consumo.

O indicador mensal “Uso do Crédito no Brasil”, que a CNDL e o SPC Brasil divulgaram, mostra que, em janeiro, 22% dos brasileiros tiveram crédito negado ao tentar parcelar uma compra em estabelecimentos comerciais ou contratar serviços a prazo.

Para 36% deles, faltaram comprovação ou suficiência de renda, enquanto um em cada três teve restrições ao CPF devido à inadimplência.

“Esse acordo poderá melhorar a vida das pessoas e aumentar a capacidade de consumo da população”, observou o presidente da CNDL, José César da Costa, lembrando que as câmaras de dirigentes lojistas estão presentes em mais de 1.500 municípios de 26 estados e no Distrito Federal.

A ideia do ACT é unir esforços em prol da inclusão financeira da população e vai se estruturar nos pilares educação financeira e pesquisas.

Isaac Sidney Ferreira, diretor de Relações Institucionais e Cidadania do Banco Central, informou que a bancarização cresceu 3,3% nos últimos dez anos, enquanto a população adulta brasileira segue heterogênea e muitas vezes usa mau o crédito.

“Todos nós temos de promover a cidadania financeira, daí a importância de o Banco Central firmar parcerias. Vamos conjugar esforços, fazer o intercâmbio de dados agregados, casando demandas e acessos a serviços financeiros. Esse diagnóstico comportamental daquele que usa o varejo e o crédito pode nos ajudar a avaliar o impacto de políticas públicas importantes”, explica o diretor, citando como possível consequência a redução do spread bancário.

Além das pesquisas, o conteúdo de educação financeira produzido pelo Banco Central será compartilhado nos canais que o SPC Brasil oferece para os consumidores, como o site Meu Bolso Feliz e o aplicativo SPC Consumidor.

Em contrapartida, as pesquisas do SPC Brasil serão compartilhadas com o BC.

“O desenvolvimento do Brasil só vai ocorrer quando todo cidadão tiver seu orçamento organizado, e isso inclui as pequenas empresas, que muitas vezes vão a óbito porque os empresários não têm noção do uso adequado de recursos. Esse acordo tem muito a contribuir para a cidadania financeira, fundamental para o desenvolvimento sustentável de longo prazo da nossa moeda”, afirmou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, que aproveitou as perguntas dos repórteres para reforçar a importância da aprovação pelo Congresso do cadastro positivo, melhorando o acesso ao crédito no país.

Instituições envolvidas:

Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL)

Principal representante do varejo nacional, tem 95% de suas associadas enquadradas como micro e pequenas empresas. O varejo emprega 20 milhões de pessoas e impacta 47% do PIB nacional, segundo o IBGE.

Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil)

Ponte da CNDL com os consumidores, atua como um sistema de informações e serviços. Possui uma rica base de dados para a criação de produtos e a produção de indicadores e pesquisas.

Banco Central

Além de atribuições como controle de inflação e política monetária, o BC tem uma agenda de trabalho, chamada BC+, estruturada sobre quatro pilares: MAIS Cidadania Financeira; Crédito MAIS barato; Legislação MAIS moderna e Sistema Financeiro MAIS eficiente.

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